segunda-feira, 9 de maio de 2016

Instagram paga 10.000 dólares a menino por achar um erro em seu sistema

 
Jani é de Helsinque, tem 10 anos e o Instagram acaba de lhe pagar 10.000 dólares (35.400 reais). Sua façanha: descobrir uma falha no sistema de comentários do aplicativo. Essa rede social, como muitas empresas que trabalham na Internet, remunera pesquisadores que informem sobre as vulnerabilidades que tenham localizado em suas plataformas. Dessa maneira o Instagram pode corrigir os erros antes que apareçam problemas. Jani detectou ser possível apagar comentários de outros usuários se fosse inserido um código maligno nesse campo. O menino disse a órgãos da mídia finlandesa que poderia ter atacado até a conta de Justin Bieber, que tem mais de 66 milhões de seguidores, se quisesse. O Facebook, proprietário dessa rede social, confirmou a EL PAÍS que Jani é a pessoa mais jovem a quem pagaram por descobrir um erro no sistema do Instagram, embora um porta-voz tenha dito: "Recebemos notificações de erros do sistema por parte de adolescentes de vez em quando. Não é incomum neste setor".
Desde 2011, a empresa pagou o equivalente a 17,5 milhões de reais a mais de 800 rastreadores. Jani aprendeu sobre códigos e segurança na web vendo vídeos no YouTube. Informou sobre o erro em fevereiro e recebeu a recompensa em março. O menino contou que utilizará parte do dinheiro para comprar uma bicicleta nova e que quando for adulto quer trabalhar em segurança cibernética.
"Recebemos notificações de erros do sistema por parte de adolescentes de vez em quando. Não é incomum neste setor"
Recentemente foram descobertos no Instagram vários erros graves e nem todos eles foram recompensados. Por exemplo, no caso de Wes Wineberg, um pesquisador que se dedicava a buscar falhas nos sistemas de informática das grandes empresas, a colaboração terminou em conflito. Wineberg descobriu em dezembro um "impactante" erro que lhe permitia ter acesso a uma enorme quantidade de dados internos do Instagram. O Facebook recusou a recompensa a Wineberg porque considerou que ele tinha ido "longe demais" para comprovar o erro e havia tido acesso a uma grande quantidade de dados.